Sistemas Ecos Project 2013/2014
Projeto independente, pesquisa e curadoria Sonia Guggisberg
Website: Sistemas Ecos Project
Visit: www.sistemasecos.com.br
Sistemas Ecos 2013
Sistemas Ecos 2014
Contra Partida – Sistemas Ecos 2014
Sistemas Ecos (Ecos Systems)
The project consisted in the invitation of tutor artists to collective works, and other artists in the contemporary art scene, who presented new works, occupying the internal space and the open area of Victor Civita Square. In a proposal that approaches aspects and cross circuits, in order to propose a kind of aesthetic biodiversity, the works of these artists, produced specifically for the project, were assembled next to the results of works produced by students and artist-tutors of ecoLAB, in a design that seeks to stimulate not only the coexistence of different languages of contemporary art, but also the dialogue between generations.
Based upon the idea of ecology of knowledge as an exchange system, the Sistemas Ecos (Ecos Systems) project came from a local research developed during the initial design of this PhD, named “Urban and Social Subsoil”.
Even addressing different aspects, the hypothesis is that underground stories, apparently hidden, never end, even when buried and relegated to invisibility, since they survive as past leavings and as cognitive metaphors, redesigning networks of relationships in the present.
Research on urban underground led me to think about different aspects of the city, and one of them was the issue of contamination in the soil that seeps, hiding below. When I saw Victor Civita Square, I began to research its history and to reflect on the contamination occurred on site.
The project Sistemas Ecos (Ecos Systems) came believing in the power of a process that strengthens through mediation of different knowledge, which is based on actual and latent capacity of displacement and in exchange of knowledge. Aware that the different ways of knowing metamorphose in art, stimulating new interpretations of the urban and artistic universe, the research, through the union and intersection of different artistic expressions, seems able to expand realities in terms of creation. It is basically about trying an eco-system of connections between different forms of artistic expression.
To carry out this project, I invited live cinema, sound sculpture and video installation artists to be new artists tutors. The goal was to build a practical interaction, valued by the traffic of different sources of knowledge, seeking to establish trading connections, but also of thoughts, actions and movements, and thus, collectively, produce works that reflected local urban issues proposed by research.
Sistemas Ecos
O sistema de ecologias, em termos de arte, envolve debate, produção artística e convergência de saberes. Em 2013 e 2014, o Projeto Sistemas Ecos se realizou da Praça Vitor Civita para o seu entorno. A Praça foi o epicentro de uma área com o raio de 300m, para pesquisa e estudo das novas obras apresentadas. Entendemos o local como um importante espaço da cidade, em pleno momento de reconfiguração urbana.
O projeto consistiu no convite de artistas tutores para trabalhos coletivos, e outros artistas integrantes no cenário contemporâneo da arte, que apresentaram obras inéditas, ocupando o espaço interno e a área aberta da Praça Victor Civita. Em uma proposta que aproxima vertentes e cruza circuitos, com o objetivo de propor uma espécie de biodiversidade estética, as obras desses artistas, produzidas especificamente para o projeto, foram montadas ao lado dos resultados das obras produzidas por alunos e artistas tutores do ecoLAB, num desenho que busca estimular não apenas a convivência de diferentes linguagens da arte contemporânea, mas também o diálogo entre gerações.
Embasado na ideia de ecologia de saberes como um sistema de trocas, o projeto Sistemas Ecos surgiu de uma pesquisa local, desenvolvida durante o projeto inicial deste doutoramento, cujo título era “Subsolo urbano e social”. Mesmo abordando diferentes aspectos, a hipótese é a de que histórias subterrâneas, aparentemente escondidas, nunca terminam, mesmo quando soterradas e relegadas à invisibilidade, uma vez que sobrevivem como resíduos do passado e como metáforas cognitivas, redesenhando as redes de relações no presente. A pesquisa sobre subsolo urbano levou-me a pensar diferentes aspectos da cidade, e um deles foi a questão da contaminação no solo, que se infiltra, se escondendo logo abaixo. Ao me deparar com a Praça Victor Civita, passei a pesquisar sua história e a refletir sobre as contaminações ocorridas no local.
O projeto Sistemas Ecos surgiu acreditando na potência de um processo que se reforça na mediação de diferentes saberes, que se apoia na capacidade real e latente do deslocamento e na troca de conhecimentos. Conscientes de que as diferentes formas de saber se metamorfoseiam na arte, estimulando novas interpretações para o universo urbano e artístico, a pesquisa, por meio da união e intersecção de diferentes expressões artísticas, mostra-se capaz de expandir realidades em termos de criação. Trata-se basicamente de experimentar um sistema ecológico de conexões entre diferentes formas de expressão artística.
Para a realização deste projeto, convidei artistas do live cinema, da escultura sonora e da videoinstalação para serem tutores de novos artistas. O objetivo foi construir uma interação prática, valorizada pelo trânsito das fontes de diferentes saberes, buscando estabelecer conexões de troca, mas também reflexões, ações e movimentos, e assim produzir coletivamente trabalhos que refletissem as questões urbanas locais, proposta pela pesquisa.
The result was presented with works that are a testimony of the past, but also point to the future, they will witness the dismantling and the overlap of different times and stories of the neighborhood. They do not close on an aesthetic comment about themselves, but point experiences related to contemporary urban space to be understood not only by artists and researchers but to all who “suffer” the current change of the city.
The main objective was to provide those collective artistic experiences as a possibility of bringing out awareness of the participation of the social process, noting that the cities are remade according to the socio-political landscape that will emerge. I understood that in cluttered cities establishes an “urban amnesia”, where “redesign of cities” leaves us free to take the fluidity of the changes of our time, and the ancient roots that marked the place fall apart, making room for the movement. We witnessed a disorderly and unstable equilibrium where the reconfiguration process becomes inevitable. The fluidity of urban redesign shows the impossibility of containing the changes and also brings a strong analogy with the inconstancy and the vagueness of our time.
Gathering files, asking history and questioning it is a way to resist the erasure of traces, to engage in the construction of a new reality, a new gesture, although that is not able to bring out a complete truth. Sistemas Ecos, in an attempt to show a position on a critical reflection of the violence of deletion, presents an ecology of different artistic knowledge to propose a reflection. It is investing in a joint bid, rather than simply watch the eternal repetition of society’s addictions in being compatible. The project is not intended to channel political issues, but to point, signal and call attitudes and looks, in order to activate the stress field and work sociopolitical difficulties through the production and presentation of works of art.
EcoLab
Arqueologias Visuais – Denise Adams
Live Cinema - Fernando Velázquez
Escultura Sonora - Matheus Leston
Artistas:
Denise Adams
Fernando Velázquez
Gilbertto Prado/Grupo Poéticas Digitais
Lea van Steen e Raquel Kogan
Lucas Bambozzi
Luiz Duva
Matheus Leston
Rejane Cantoni e Leonardo Crescenti
Sonia Guggisberg
O resultado foi apresentado com obras que são um testemunho do passado, mas que também apontam para o futuro, serão testemunhos do desmanche e da sobreposição de diferentes tempos e histórias do bairro. Não se fecham em um comentário estético, em torno delas mesmas, mas apontam experiências relacionadas ao espaço urbano contemporâneo, a serem entendidas não apenas pelo artistas e pesquisadores mas a todos que “sofrem” a atual mudança da cidade.
O principal objetivo foi proporcionar essas experiências artísticas coletivas como possibilidade de fazer brotar nos participantes e espectadores a consciência da participação do processo social, lembrando que as cidades se refazem de acordo com o panorama sociopolítico que vai surgindo. Entendi que, em metrópoles desordenadas, instaura-se uma “amnésia urbana”, onde o “redesenhar das cidades” nos deixa livres para assumir a fluidez das mudanças do nosso tempo, e as antigas raízes que marcaram o lugar se desfazem, abrindo espaço para o movimento. Presenciamos um equilíbrio desordenado e instável onde o processo de reconfigurações torna-se inevitável. A fluidez do redesenhar urbano mostra a impossibilidade de se conterem as mudanças e traz também uma forte analogia com a inconstância e a indefinição de nosso tempo.
Reunir arquivos, inquirir a história e questioná-la é uma forma de resistir ao apagamento dos rastros, de se dedicar à construção de uma outra realidade, de um novo gesto, mesmo não sendo este capaz de trazer à tona uma verdade integral. Sistemas Ecos, na tentativa de mostrar um posicionamento sobre uma reflexão crítica da violência do apagamento, apresenta uma ecologia de diferentes saberes artísticos para propor uma reflexão. Trata-se de investir em uma proposta conjunta, ao invés de simplesmente assistir à eterna repetição dos vícios da sociedade em se compatibilizar. O projeto não pretende canalizar questões políticas, mas apontar, sinalizar e convocar atitudes e olhares, com o propósito de ativar o campo de tensões e trabalhar as dificuldades sociopolíticas mediante a produção e apresentação de obras de arte.
EcoLab
Arqueologias Visuais – Denise Adams
Live Cinema - Fernando Velázquez
Escultura Sonora - Matheus Leston
Artistas:
Denise Adams
Fernando Velázquez
Gilbertto Prado/Grupo Poéticas Digitais
Lea van Steen e Raquel Kogan
Lucas Bambozzi
Luiz Duva
Matheus Leston
Rejane Cantoni e Leonardo Crescenti
Sonia Guggisberg
Sistemas Ecos (Ecos Systems)
The project consisted in the invitation of tutor artists to collective works, and other artists in the contemporary art scene, who presented new works, occupying the internal space and the open area of Victor Civita Square. In a proposal that approaches aspects and cross circuits, in order to propose a kind of aesthetic biodiversity, the works of these artists, produced specifically for the project, were assembled next to the results of works produced by students and artist-tutors of ecoLAB, in a design that seeks to stimulate not only the coexistence of different languages of contemporary art, but also the dialogue between generations.
Based upon the idea of ecology of knowledge as an exchange system, the Sistemas Ecos (Ecos Systems) project came from a local research developed during the initial design of this PhD, named “Urban and Social Subsoil”.
Even addressing different aspects, the hypothesis is that underground stories, apparently hidden, never end, even when buried and relegated to invisibility, since they survive as past leavings and as cognitive metaphors, redesigning networks of relationships in the present.
Research on urban underground led me to think about different aspects of the city, and one of them was the issue of contamination in the soil that seeps, hiding below. When I saw Victor Civita Square, I began to research its history and to reflect on the contamination occurred on site.
The project Sistemas Ecos (Ecos Systems) came believing in the power of a process that strengthens through mediation of different knowledge, which is based on actual and latent capacity of displacement and in exchange of knowledge. Aware that the different ways of knowing metamorphose in art, stimulating new interpretations of the urban and artistic universe, the research, through the union and intersection of different artistic expressions, seems able to expand realities in terms of creation. It is basically about trying an eco-system of connections between different forms of artistic expression.
To carry out this project, I invited live cinema, sound sculpture and video installation artists to be new artists tutors. The goal was to build a practical interaction, valued by the traffic of different sources of knowledge, seeking to establish trading connections, but also of thoughts, actions and movements, and thus, collectively, produce works that reflected local urban issues proposed by research.
The result was presented with works that are a testimony of the past, but also point to the future, they will witness the dismantling and the overlap of different times and stories of the neighborhood. They do not close on an aesthetic comment about themselves, but point experiences related to contemporary urban space to be understood not only by artists and researchers but to all who “suffer” the current change of the city.
The main objective was to provide those collective artistic experiences as a possibility of bringing out awareness of the participation of the social process, noting that the cities are remade according to the socio-political landscape that will emerge. I understood that in cluttered cities establishes an “urban amnesia”, where “redesign of cities” leaves us free to take the fluidity of the changes of our time, and the ancient roots that marked the place fall apart, making room for the movement. We witnessed a disorderly and unstable equilibrium where the reconfiguration process becomes inevitable. The fluidity of urban redesign shows the impossibility of containing the changes and also brings a strong analogy with the inconstancy and the vagueness of our time.
Gathering files, asking history and questioning it is a way to resist the erasure of traces, to engage in the construction of a new reality, a new gesture, although that is not able to bring out a complete truth. Sistemas Ecos, in an attempt to show a position on a critical reflection of the violence of deletion, presents an ecology of different artistic knowledge to propose a reflection. It is investing in a joint bid, rather than simply watch the eternal repetition of society’s addictions in being compatible. The project is not intended to channel political issues, but to point, signal and call attitudes and looks, in order to activate the stress field and work sociopolitical difficulties through the production and presentation of works of art.
EcoLab
Arqueologias Visuais – Denise Adams
Live Cinema - Fernando Velázquez
Escultura Sonora - Matheus Leston
Artistas:
Denise Adams
Fernando Velázquez
Gilbertto Prado/Grupo Poéticas Digitais
Lea van Steen e Raquel Kogan
Lucas Bambozzi
Luiz Duva
Matheus Leston
Rejane Cantoni e Leonardo Crescenti
Sonia Guggisberg
Sistemas Ecos
O sistema de ecologias, em termos de arte, envolve debate, produção artística e convergência de saberes. Em 2013 e 2014, o Projeto Sistemas Ecos se realizou da Praça Vitor Civita para o seu entorno. A Praça foi o epicentro de uma área com o raio de 300m, para pesquisa e estudo das novas obras apresentadas. Entendemos o local como um importante espaço da cidade, em pleno momento de reconfiguração urbana.
O projeto consistiu no convite de artistas tutores para trabalhos coletivos, e outros artistas integrantes no cenário contemporâneo da arte, que apresentaram obras inéditas, ocupando o espaço interno e a área aberta da Praça Victor Civita. Em uma proposta que aproxima vertentes e cruza circuitos, com o objetivo de propor uma espécie de biodiversidade estética, as obras desses artistas, produzidas especificamente para o projeto, foram montadas ao lado dos resultados das obras produzidas por alunos e artistas tutores do ecoLAB, num desenho que busca estimular não apenas a convivência de diferentes linguagens da arte contemporânea, mas também o diálogo entre gerações.
Embasado na ideia de ecologia de saberes como um sistema de trocas, o projeto Sistemas Ecos surgiu de uma pesquisa local, desenvolvida durante o projeto inicial deste doutoramento, cujo título era “Subsolo urbano e social”. Mesmo abordando diferentes aspectos, a hipótese é a de que histórias subterrâneas, aparentemente escondidas, nunca terminam, mesmo quando soterradas e relegadas à invisibilidade, uma vez que sobrevivem como resíduos do passado e como metáforas cognitivas, redesenhando as redes de relações no presente. A pesquisa sobre subsolo urbano levou-me a pensar diferentes aspectos da cidade, e um deles foi a questão da contaminação no solo, que se infiltra, se escondendo logo abaixo. Ao me deparar com a Praça Victor Civita, passei a pesquisar sua história e a refletir sobre as contaminações ocorridas no local.
O projeto Sistemas Ecos surgiu acreditando na potência de um processo que se reforça na mediação de diferentes saberes, que se apoia na capacidade real e latente do deslocamento e na troca de conhecimentos. Conscientes de que as diferentes formas de saber se metamorfoseiam na arte, estimulando novas interpretações para o universo urbano e artístico, a pesquisa, por meio da união e intersecção de diferentes expressões artísticas, mostra-se capaz de expandir realidades em termos de criação. Trata-se basicamente de experimentar um sistema ecológico de conexões entre diferentes formas de expressão artística.
Para a realização deste projeto, convidei artistas do live cinema, da escultura sonora e da videoinstalação para serem tutores de novos artistas. O objetivo foi construir uma interação prática, valorizada pelo trânsito das fontes de diferentes saberes, buscando estabelecer conexões de troca, mas também reflexões, ações e movimentos, e assim produzir coletivamente trabalhos que refletissem as questões urbanas locais, proposta pela pesquisa.
O resultado foi apresentado com obras que são um testemunho do passado, mas que também apontam para o futuro, serão testemunhos do desmanche e da sobreposição de diferentes tempos e histórias do bairro. Não se fecham em um comentário estético, em torno delas mesmas, mas apontam experiências relacionadas ao espaço urbano contemporâneo, a serem entendidas não apenas pelo artistas e pesquisadores mas a todos que “sofrem” a atual mudança da cidade.
O principal objetivo foi proporcionar essas experiências artísticas coletivas como possibilidade de fazer brotar nos participantes e espectadores a consciência da participação do processo social, lembrando que as cidades se refazem de acordo com o panorama sociopolítico que vai surgindo. Entendi que, em metrópoles desordenadas, instaura-se uma “amnésia urbana”, onde o “redesenhar das cidades” nos deixa livres para assumir a fluidez das mudanças do nosso tempo, e as antigas raízes que marcaram o lugar se desfazem, abrindo espaço para o movimento. Presenciamos um equilíbrio desordenado e instável onde o processo de reconfigurações torna-se inevitável. A fluidez do redesenhar urbano mostra a impossibilidade de se conterem as mudanças e traz também uma forte analogia com a inconstância e a indefinição de nosso tempo.
Reunir arquivos, inquirir a história e questioná-la é uma forma de resistir ao apagamento dos rastros, de se dedicar à construção de uma outra realidade, de um novo gesto, mesmo não sendo este capaz de trazer à tona uma verdade integral. Sistemas Ecos, na tentativa de mostrar um posicionamento sobre uma reflexão crítica da violência do apagamento, apresenta uma ecologia de diferentes saberes artísticos para propor uma reflexão. Trata-se de investir em uma proposta conjunta, ao invés de simplesmente assistir à eterna repetição dos vícios da sociedade em se compatibilizar. O projeto não pretende canalizar questões políticas, mas apontar, sinalizar e convocar atitudes e olhares, com o propósito de ativar o campo de tensões e trabalhar as dificuldades sociopolíticas mediante a produção e apresentação de obras de arte.
EcoLab
Arqueologias Visuais – Denise Adams
Live Cinema - Fernando Velázquez
Escultura Sonora - Matheus Leston
Artistas:
Denise Adams
Fernando Velázquez
Gilbertto Prado/Grupo Poéticas Digitais
Lea van Steen e Raquel Kogan
Lucas Bambozzi
Luiz Duva
Matheus Leston
Rejane Cantoni e Leonardo Crescenti
Sonia Guggisberg